O Reino do Camboja é um país budista do sudeste asiático que vive uma
monarquia constitucional cujo chefe de governo já está no poder há mais de 25
anos, apesar da grande pobreza e falta de recursos da população, o país hoje é
um dos que apresenta melhor desenvolvimento econômico da Ásia, principalmente
com o aumento do turismo que atrai muitos investidores estrangeiros.
Na última década o Camboja teve seu nome veiculado nos muitos meios de
comunicação devido ao fato da atriz Angelina Jolie ter adotado uma criança
cambojana quando esteve no país para gravar o filme Tom Raider, que teve alguns
templos do Angkor Wat como cenário. Se este país está na sua lista de “must
go”, não perca tempo e vá conhecer a esplendorosa arquitetura e misticismo do
antigo Impériom, Khmer, anote essas dicas e monte seu roteiro.
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Templo Angkor Wat - Siem Reap - Camboja |
1º Idioma: o Khmer é a língua oficial do
país mas o inglês é muito utilizado, visto que o Camboja tem um turismo crescente,
o que torna a comunicação facilitada. As pessoas ligadas ao turismo tem um
excelente nível de inglês,
2º Moeda: a moeda corrente é o Riel
(KHR), quase parente da nossa, que em janeiro desse ano estava na cotação
U$1,00 para KHR4.000 mas as notas cambojanas você só verá caso as receba de
troco, visto que quase tudo tem seus preços em dólar, mesmo nas barracas de
venda de suco de frutas os valores são na moeda americana. O mesmo serve para
os supermercados, restaurantes e lojas de souvenir.
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Cédula da moeda cambojana |
3º Segurança: dos vinte e oito países em
que já estive o Camboja foi aquele que me deixou menos à vontade no quesito
segurança, muito em função do que passei na minha estadia por lá. Na chegada,
tive problemas com um motorista de tuk tuk que queria a todo custo que eu
fechasse um tour para o Angkor com ele, no trajeto de ônibus até Siem Reap vi o
pessoal da fronteira extorquindo algumas pessoas e até mexendo nas mochilas do
bagageiro do ônibus no momento de atravessá-las para o lado cambojano. Sem
contar com um menino super doido na Pub Street pedindo dinheiro de uma forma
bem agressiva, até o vi atirando pedras em alguns turistas que se recusaram a
dar dinheiro para ele em um restaurante. Tudo isso fez com que meus cuidados
fossem redobrados, se havia motivo para tanto eu não estou completamente certo,
mas por via das duvidas, resolvi ficar mais atento e passar adiante da forma
que vi e vivi.
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Região do Night Market na Pub Street |
4º Alimentação: pode-se dizer que a
culinária internacional está mais presente no país do que a comida local,
apesar do Camboja ser famoso entre os turistas pelos cursos de culinária a
preços bem acessíveis. Nos mais diversos locais as opções para aqueles, cujo o
paladar por comida local não é muito receptivo, são muito grandes, esteja certo
que comer não será um problema tão grande assim por lá, além do que, cada
refeição completa não deve passar dos U$10,00 por pessoa, comendo super bem.
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Comidinha do Hard Roch Café de Siem Reap |
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Lasanha vegetariana de um restaurante no Camboja |
5º Transporte
público: não
utilizei transporte público no Camboja, mas percebi que o mesmo não é de
qualidade e nem acho que valha a pena, visto que os taxis e tuk tuks, que
existem aos montes, fazem trajetos com preços bem acessíveis. Porém, esteja
sempre alerta para negociar os valores com antecedência, não deixe para ter surpresas
desagradáveis no fim do percurso.
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Trânsito meio maluco de Siem Reap |
6º Vistos: para entrada no Camboja o
visto se faz necessário, o mesmo pode ser feito na chegada ao país ou um e-Visa
pode ser solicitado com antecedência. Como li muita coisa sobre corrupção na
fronteira deste país, além de entrar no mesmo por terra, resolvi solicitar logo
ainda no Brasil. Acessei o site e fiz o preenchimento dos
dados, paguei U$40,00 de taxa e alguns dias depois recebi o e-mail com o visto,
junto vieram algumas orientações e uma delas foi a da necessidade de impressão
de duas cópias do visto (pode ser em preto e branco), sendo uma para entrada e
outra para saída do país.
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Visto para o Camboja |
7º Clima: quente, bem quente, especialmente entre um
templo e outro do Angkor Wat, quando o calor aperta muito. Óculos escuros, boné
e protetor solar são imprescindíveis, além de hidratar-se sempre durante o
passeio. De novembro a março no Camboja temos a estação seca com temperaturas
próximas do 30º com dias ensolarados, por outro lado, de maio a outubro ocorre
o período de monção com temperaturas acima dos 35º e muita umidade, além de
chuvas fortes e de curta duração.
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Entre os templos do Angkor Wat |
8º Onde Fui: como o foco da ida ao
Camboja era a visita ao Angkor Wat, Patrimônio da Humanidade, acabei visitando
somente a cidade de Siem Reap, que fica pouco mais de 5 quilômetros do complexo
de templos hindu/budista que já serviu de cenário de filme hollywoodianos. Com
exceção do Angkor, a cidade de Siem não tem muitas atrações, quando comparadas
a outras cidades visitadas, alguns museus e templos pelo centro da cidade (mais
do mesmo), o Night Market e a Pub Street para beber, comer, comprar e ver os
demais turistas.
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Entre os templos do Angkor Wat |
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Night Market na região da Pub Street |
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Entre os templos do Angkor Wat |
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Entre os templos do Angkor Wat |
9º Onde Fiquei:
a disponibilidade
de estadias em Siem Reap é muito grande, desde opções luxuosas até aquelas mais
simples, no entanto, escolher um hotel razoável não pesa no bolso, visto que os
preços são muito bons, por menos de R$100,00 é possível encontrar opções boas
próximas do Night Market e Pub Street, que é a região mais movimentada. Acabei
optando pelo Angkor Orchid Central Hotel localizado na região supracitada e que
custou R$90,00 a diária para duas pessoas, num quarto com banheiro privativo
enorme, café da manhã simples e estrutura muito boa, não fosse pela falta de um
gerador de luz elétrica pois ficamos um dia inteiro sem energia na cidade quase
toda. Funcionários muito prestativos e com inglês excelente, ajudaram com o
transporte para visitar o Angkor Wat e nos deixaram alerta quanto aos possíveis
perigos da cidade.
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Quarto de hotel em Siem Reap |
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Banheiro do hotel em Siem Reap |
10º Chegando ao
Camboja: foi
a única fronteira terrestre no sudeste da Ásia e justamente aquela em que todos
diziam ser a mais corrupta, e é mesmo, principalmente quando percebem a
vulnerabilidade dos turistas, mas nada que assuste. Diante disso, o ideal é
solicitar o visto com antecedência, o mesmo também pode ser conseguido na hora,
porém as chances de ser extorquido são maiores. Como os preços de voos estavam
impraticáveis partindo do Vietnã para o Camboja, acabei optando por ir de Hanói
para Bangkok e no dia seguinte seguir de ônibus para Siem Reap, tamanha a economia,
mas saiba que você perderá o dia inteiro no trajeto.
Comprei os tickets pela no site da thai ticket major por U$20,00 com saída da rodoviária de Mochit na capital tailandesa, li
relatos na internet que essa empresa de ônibus (Nattakan) era ligada ao governo
e que as chances de ser extorquido na viagem seriam menores, optei pela
segurança. O ônibus é razoável, me esperou por quase meia hora na rodoviária
pois o trânsito infernal de Bangkok é intenso pela manhã, fiquei estarrecido
quando cheguei e ainda esperavam, em cada assento já tem um pequeno café da
manhã. A viagem segue com uma parada e por volta das 13:00 eles servem um
pequeno almoço do 7-eleven, nessa mesma hora nos aproximamos da fronteira do
Camboja (Poipet) e um suposto agente de viagens sobe no ônibus oferecendo um
serviço VIP de visto, como a maioria já sabe do esquema, muitos se recusam a
fazer alegando que já possuem visto ou o e-visa. Se você recusar o serviço,
quando chegar no local oficial de emissão dos vistos o seu processo será feito
da mesma forma e sem pagar a mais por isso. Passada a imigração e toda tensão
do local, que é bem feio, você tem que andar bastante e de forma intuitiva para
atravessar a fronteira, um cheiro desagradável e muitas crianças pedindo dinheiro,
o ônibus te espera do outro lado para seguir viagem, por volta das 17:00 chega-se enfim a Siem Reap.
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Ônibus da empresa Nattakan |
Na chegada, o pessoal da agência disponibiliza um tuk tuk, segundo eles
gratuito, para o seu hotel, acontece que o motorista te inferniza tanto para
você contratá-lo para fazer o tour do Angkor Wat que o gratuito acaba te
chateando, quando me recusei a contratá-lo ele cobrou pela corrida até o hotel.
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Flor de Lótus no Angkor Wat |
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Entre os templos do Angkor Wat |
Até o próximo post!! Com muito mais do Camboja...
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