Apesar de estar na Europa, o Reino Unido da Grã
Bretanha tem “regras” um pouco diferentes dos demais países do continente,
tanto para a permissão de entrada quanto ao estilo de vida que a população
britânica leva. Certo mesmo é que quase a totalidade dos viajantes desejam um
dia aterrissar nessas terras e explorar o que tem de melhor nos quatro países
que compõem essas ilhas (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).
Vista de Edimburgo do alto do Carlton Hill |
Na minha viagem pude passar rapidamente por todos os
países, sendo que dois deles fiquei apenas um dia, mas que valeu muito a pena. Se
tem intenção de rumar para o Reino Unido, anote essas dicas e vá em busca de
tudo que esse pedaço do planeta pode te oferecer, prepare um pouco melhor o
bolso pois a libra esterlina é super valorizada frente ao nosso rico
dinheirinho. Lembrando que constam desse relato as experiências que tive em uma
viagem de oito dias em pleno verão europeu, que no caso do Reino Unido não quer
dizer muit coisa, chove e faz frio com frequência.
Kew Royal Botanic Gardens em Londres |
1º Idioma: não tem erro, inglês é o idioma de todos esses
países, como não haveria de ser?! Algumas mudanças de um país para o outro no
que concerne a sotaque e algumas expressões, para mim, o inglês da Irlanda do
Norte é o mais bonito de todos, soava como música.
2º Moeda: todos os países visitados tem como moeda corrente a
libra esterlina, um terror em nossas vidas, mochileiros de plantão que sempre
viajam com um orçamento apertado. Na época da viagem a cotação da moeda girou
em torno de R$6,00 ou seja, qualquer visita ao McDonalds era um rombo no orçamento,
atualemtne a cotação está a menos de R$5,00 mas, com a instabilidade que vivemos
no país, a qualquer momento podemos chegar a níveis estratosféricos novamente.
Nesta viagem fiz câmbio de libras em espécie na minha cidade e acabei levando
todo o dinheiro que iria utilizar.
Supermercado é a saída para economizar umas libras no café |
3º Segurança: problema algum quanto a esse quesito, por todos os
lugares que passei tudo era bem seguro, mesmo em épocas de terrorismo pela
Europa e o sempre presente clima tenso na Irlanda do Norte com os grupo
separatista. Por outro lado, não espere simpatia de todas as pessoas, acho que
é assim em todo lugar do mundo, quando precisei guarda minha mochila no locker
na estacão Victoria em Londres, o funcionrio do local ostentava uma plaquinha com os
dizeres “be gentle with me”, por outro lado, nos atendia de forma nada
“gentle”.
Trafalgar Square em Londres |
4º Alimentação: creio que ninguém tenha tantos problemas assim quanto
a alimentação nesses países, tudo muito parecido com o Brasil e quando não é, você tem muitas opções de fast food, o que facilita na hora de poupar uma boa
grana. O que fiz muito nessa viagem foi comprar comida no supermercado, em
muitos deles era possível pegar combos de saladas, frutas e sobremesa, ou até
mesmo massas de fácil preparo nos hostels da vida.
Salada comprada no supermercado de Edimburgo |
5º Transporte público: como sou adepto de que a melhor forma de se conhecer
uma cidade é caminhando, escolhi sempre hotéis próximos da região central e fiz quase todo meu roteiro caminhando, em todas as cidades. Porém, para aqueles
que desejam um local mais distante para se hospedar, creio não haver com o que
se preocupar, a disponibilidade de transporte público é muito boa. Sem contar
que caminhando você tem uma economia razoável de grana e de tempo, visto que
entar e sair de estações, esperar ônibus e descobrir os locais certos de parada
consomem bastante tempo. No entanto, como as distâncias em Londres eram um
pouco maiores, usei o metrô algumas vezes e a dica é: nunca compre passagens
avulsas, pois as mesmas custam $4,00 libras, ao invés disso, compre um Oyster
Card que funciona como um cartão pré-pago, onde você recarrega com o valor que
quiser e cada passagem sairá por $1,90 libras, ajuda bastante não é?! O valor
do cartão é de $5,00 libras, mas você recebe o valor de volta quando devolve o
cartão nos guichês ao término da sua estada em Londres.
Tube - metrô de Londres |
Já no que concerne a viagens de uma cidade para outra, dentro do Reino Unido, ou até mesmo de um país para o outro, vale a dica que
sempre dou, vá de Megabus, empresa britânica que pratica preços surreais de tão
baratos e que muitas vezes te levam a percorrer distâncias enormes por preços
muito convidativos, como foi o que aconteceu comigo quando fui de Edimburgo na
Escócia até Londres pagando menos de dez libras numa viagem de mais de oito
horas, sem contar que ainda economizei uma noite de hotel (nada barato) visto que a viagem era noturna.
6º Vistos: brasileiros não necessitam de visto para entrar em
nenhum país do Reino Unido da Grã Bretanha, basta apenas o passaporte válido
com mais de seis meses da data de expiração. Além disso, não há a necessidade
da Carta Schengen, visto que os países não são signatários do tratado, logo,
dispensam tal seguro. No entanto, não aconselho de forma alguma a viajar sem
seguro viagem/saúde, ainda mais para um lugar onde a moeda tem valores tão
exorbitantes quando comparada à nossa, nunca se sabe o que pode nos acometer de
uma hora para outra.
A
dica que sempre dou é que se você tem um cartão de credito platinum, black ou equivalentes, você pode solicitar de forma gratuita para a empresa administradora
do cartão o seu seguro viagem, desde que você tenha feito a compra de suas
passagens com o referido cartão. Tem muitas pessoas que não confiam nesse
seguro, eu jamais fiz aquisição de outra forma que não fosse essa e sempre deu
certo, porém, nunca precisei acionar o seguro deles ois as viagens sempre
foram super tranquilas.
Itaucard Black da Multiplus |
Voce é portador dos cartões que citei acima e compra
suas passagens com eles, ligue para a Visa 0800 891 3679 ou para a Mastercard
0800 891 3294 e veja se você tem direito ao seguro viagem/saúde, economize essa grana
e boa viagem
Para finalizar, a imigração que fiz no Reino Unido,
entrei pela Escócia, foi uma das mais chatinhas de todas, apesar de não
necessitar visto ou coisas do tipo, o pessoal te enche de perguntas e bate
sempre aquele medinho de não conseguir ter acesso, mesmo a atendente sendo
extremamente simpática, por alguns instantes achei que não fosse me autorizar,
felizmente ela foi foleando o passaporte e viu que meu intuito era de turista mesmo.
Praça em Edimburgo (Escócia) |
7º Clima: minha passagem pelos países do Reino Unido foi em
pleno verão, como citei acima, não fez tanta diferença assim, visto que em
todos os locais eu peguei um vento bem frio e que nem de longe lembrava o
verão, além de uma chuva intermitente em quase todas as cidades, algo que
dificultou bastante visitar todos os locais que pretendi, o País de Gales foi o
local que mais choveu e na Escócia onde mais senti frio. Partindo dessa
análise, creio que o inverno seja bem difícil de turistar por
lá, mas para quem curte um friozinho, qualquer época do ano é boa para ir
visitar a Terra da Rainha.
Pelas ruas históricas de Edimburgo |
8º Onde Fui: uma vez que estava no Reino Unido, eu sempre pensava em viajar e conhecer todos os países que formavam o grande reino, quando me dei
conta que o megabus me levaria a todos eles de forma econômica, não pensei duas
vezes, coloquei todas as capitais em meu roteiro. Foi corrido, maioria doa
locais visitei somente por fora, mas
valeu muito a pena.
Escócia/Edimburgo: Old Town, Castelo de Edimburgo, University
of Edimburg, Carlton Hill e o Royal Botanic Garden.
Nas ruas medievais de Edimburgo |
Vista de Edimburgo do alto do Carlton Hill |
Inglaterra/Londres: Parlamento Inglês, Big Ben, London
Eye, Trafalgar Square, Museu de História Natural, Royal Botanic Garden e Tower
Bridge.
Parlamento e Big Ben |
London Eye |
Museu de História Natural |
País de Gales/Cardiff: Cardiff Castle, Cathays Park,
Museu Nacional, Central Station e Cardiff Bay.
Cathays Park |
Cardiff Castle |
Irlanda do Norte/Belfast: City Hall, Waterfront Hall,
High Street, Titanic Quater e Catedral Saint Anne.
Belfast Waterfront |
High Street |
Titanic Quater |
9º Onde Fiquei: uma das tarefas mais árduas da viagem, encontrar um
hotel bom, barato e bem localizado nas principais cidades do Reino Unido, ainda
mais com o orçamento de mochileiro, é necessário muita pesquisa, caso você
queira realmente conseguir o melhor custo-benefício.
Em Londres fiquei no hotel da rede low-cost Easyhotel em
Earls Court, bem próximo da estação de metrô de mesmo nome e que te leva a
todas as atracões da cidade. Prepare-se para um hotel com quarto bem pequeno e
banheiro menor ainda, onde quase tudo que se quer a mais é pago, principalemte
o wi-fi. Acabei pegando um quarto com cama de casal com janela por $52,00
libras a diária. Sim, caro pra caramba, mas foi o melhor que consegui e poucos metros do hotel tinha um supermercado muito bom para comprar o café da manha
e jantar.
Cama de casal bem pequena do Easyhotel de Earls Court |
Banheiro minúsculo do hotel |
Em Edimburgo fiquei no Euro Hostel Edinburgh Halls,
quarto com camas twin, sem café da manhã e com direito a uso do wi-fi, por
outro lado, sem toalha de banho e com banheiro compartilhado, paguie $36,00
libras a diária. Uma vantagem desse hotel foi a localização, bem perto de quase
tudo que eu iria visitar, além de um staff muito gentil, valeu muito a pena.
Rua do Euro Hostel Halls |
10º Saindo do aeroporto: minha porta de entrada no Reino Unido
foi na Escócia, como disse acima. Fiz um voo de duas horas com a Brussels
Airlines partindo de Bruxelas em direção a Edimburgo, viagem confortável, em
classe executiva, graças a vinte mil pontos multiplus usados na emissão.
Refeição servida a bordo |
Cheguei no aeroporto de Edimburgo no começo da noite e
depois da imigração peguei um shutllebus no valor de $4 libras que me levou ao
centro da cidade, super fácil, rápido e muito eficiente, creio ser a melhor
maneira de chegar até a cidade para quem está viajando com pouca grana. Dentro
do ônibus tem uma tela que indica as paradas, não tem erro.
Shutllebus do aeroporto de Edimburgo |
Até o próximo post!! Uma parada pela Escócia.
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