quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Vinte e quatro horas em Roterdã

Uma vez que já havia decidido ir na Holanda, cheguei à conclusão de que queria conhecer outra cidade naquele país, a escolhida foi Roterdã, em virtude da proximidade com a capital, facilifade de ir com ônibus low cost Megabus pagando somente 1 Euro de passagem, além da mesma ser conhecida como a cidade da arquitetura inovadora na Holanda. Diante disso, depois do tour por Amsterdã, parti em direção à sua vizinha de nome muito parecido, em menos de duas horas estava chegando de bus na lateral da estação Central de Roterdã e de imediato me dei conta de que o fluxo de turistas por ali era bem menor do que a empolvorosa e internacional capital holandesa.
Estação Central de Roterdã
Se preferir, já comece o tour em Roterdã pela Estação Central e seus arredores, para quem curte arquitetura moderna e futurista, está bem servido, não só pela estação em si, mas a cidade toda vai proporcionar isso. Nas imediações você também encontrará uma série de prédios bem bonitos e de design diferente, já comece a conhecer a cidade apreciando esses.
Arredores da Estação Central de Roterdã
Arredores da Estação Central de Roterdã
Arredores da Estação Central de Roterdã
Como só teria algumas horas na cidade antes de rumar para a Bélgica, acabei escolhendo algumas atrações que ficassem numa mesma rota, além disso, optei por aqueles que não pesariam tanto no meu orçamento, ou seja, foi batendo perna e visitando a maioria das atrações externamente. Da estação Central eu desci pela rua Coolsingel, na qual ficava o hotel em que me hospedei, em direção a Ponte Erasmus, antes disso, passei pela frente do bonito prédio da prefeitura e pelo shopping World Trade Center. Uma das esquinas dessa rua é justamente com a Witte de Withstraat que em uma porção dela é chamada de Schilderstraat, uma das mais famosas de Roterdã, por sua essência artística, abrigando o Centro de Arte Contemporânea, além de muitos bares, cafés e restaurantes bem qualificados, entre eles o Cafe de Witte Aap, designado como o melhor bar do mundo pela revista Lonely Planet.
Prédio da prefeitura de Roterdã
Rua Coolsingel
Rua Schilderstraat 
A caminhada até a região da ponte dura uns 30 minutos, mas é perfeita para se ambientar com a cidade, essa ponte possui 802 metros de extensão, construída em 1996 e sustentada por cabos ligados a dois pilares principais o que a torna uma ponte basculante, que pode ser levantada para a passagem de grandes embarcações, a mesma divide a cidade de Roterdã em norte e sul e sua fama se estende aos cinemas, visto que já serviu de cenário de filme em 1998, onde filmaram “Jack Chan, quem sou eu?”. Para muitos, tanto turistas como locais, o design inovador da ponte tem o formato de um cavalo, talvez com um pouco de imaginação e a depender do ponto em que se vê a ponte, ela realmente lembre um pouco o mamífero quadrúpede.
Ponte Erasmus
Parte norte de Roterdã ao fundo
Ponte Erasmus vista de longe
Enquanto você atravessa ponte poderá apreciar um conjunto de prédios de arquitetura bem diferente que fica logo a frente, é a Tower of Numbers, depois que chegar do outro lado, você estará numa região igualmente bonita chamada de Rijnhaven onde é possível ver os Pavilhões Flutuantes, uma iniciativa inovadora para construção de possíveis casas que estivessem mais adequadas às mudanças climáticas do planeta, em especial à elevação dos níveis do mar, visto que a mesma, por ser flutuante, seguiria a elevação das águas, além disso é ecologicamente correta, com emissão mais baixa de gás carbônico e construída com produtos de menor impacto no ambiente, além de consumir menor energia. Por ora, esse protótipo tem funcionado na cidade somente para exposições e eventos, mas que no futuro pode se tornar uma alternativa para a sociedade em geral.
Tower of numbers ao fundo
Tower of number à esquerda

Pavilhões flutuantes
Pavilhões flutuantes
Após a visita aos pavilhões flutuantes eu segui margenado o rio pela lateral direita, deixando a ponte cada vez mais distante, essa região é muito boa para caminhar, um pouco mais adiante tem outra ponte que te leva de volta para a parte norte da cidade, mas desta vez para o Old Harbour, lembrando que a cidade de Roterdã é a sede do maior porto marítimo da europa, o que ficou na parte antiga desse porto, construído no século XIV, é uma mistura de charme e encantamento que atrai muita gente, emendando um lado da cidade no outro estão várias outras pontes secundárias e ruas que te fazem esquecer que está numa cidade super moderna, vale a pena uma passada por lá.
Margeando o rio de Roterdã
Região do Old Harbour
Roterdã dividida em norte e sul
Região do Old Harbour em Roterdã
Um pouco mais acima do Old Harbour fica um lugar bem inusitado, chamado de Cube Houses, nada mais do que um conjunto de casas cúbicas construídas uma do lado da outra sobre uma passarela de pedestres, obra do arquiteto Piet Blom nos anos 70, segundo ele, cada uma das casas representa uma árvore e todas juntas (38 no total) podem ser comparadas a uma floresta. Não tem como não se encantar pela beleza e excentricidade do local, fiquei alguns minutos apreciando tudo e tentanto enxergar através dessa bela obra de arte da arquitetura holandesa, para os mais interessados em conhecer as casa por dentro, o valor custa 3,00 Euros e funciona de segunda a domingo.
Cube houses
Cube houses
Bem pertinho das casas cúbicas, mais precisamente atrás delas e na sua lateral direita, fica um espaço bem interessante para conhecer uma pouco mais dos costumes da população de Roterdã, trata-se do Markthal, uma espécie de shopping fechado e parte dele a céu aberto, onde muitos aproveitam o dia para ir às compras ou fazer suas refeições, além disso, a rua onde o mesmo fica, Hoogstraat, abriga uma série de lojas, bares e restaurante, além da Igreja Laurenskerk, construída no ano de 1525 e que ajuda a atrair ainda mais moradores para essa região, parece que essa rua está para Roterdã, assim como Danrak está para Amsterdã, tudo acontece por ali.
Região do Markthal
Região do Markthal
Igreja Laurenskerk
Proximidades do Markthal

Outra atração muito comentada da cidade é a Torre Euromast e que infelizmente o tempo curto não me permitiu visitar, visto que ela fica na porção oposta da cidade, longe das demais atrações que citei acima, dessa forma, só pude vê-la de longe, muito longe. A torre foi constuifda em 1960 e possui 200 metros de altura, seu elevador consegue chegar ao topo em apenas 30 segundos, neste local fica o observatório que tem como formato a sala de controle de um navio, de onde, em dias claros, é possível observar um raio de 30km de distância, chegando a ser possível observar Antuérpia, na Bélgica, a partir da torre.
Torre Euromast vista de longe
Até o próximo post!! Rumo a um novo país, dessa vez, a Bélgica. 

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2 comentários:

  1. Grande Aleh, meu professor, amigo e colega de profissão. Exemplo para qualquer pessoa seguir. Amo seu trabalho. Assi: Valquíria dos Santos Almeida.

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  2. Oh Valquíria, muito obrigado pelas palavras.. Muita generosidade sua.. Grande abraço!

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