sexta-feira, 26 de maio de 2017

Pelos canais de Amsterdam.

Como havia dito no post anterior, minha entrada na Europa pela primeira vez foi na Holanda, mais precisamente em Amsterdam, anteriormente já havia passado por Paris, mas estive somente no aeroporto Charles de Gaule em conexão num voo para o Japão, mas dessa vez a eurotrip era de verdade e como todo bom mochileiro, tempo restrito, grana curta e a vontade de conhecer tudo, mesmo que somente por fora e foi bem assim na Holanda e na maioria dos outros países. Comece sua jornada pela gigantesca Estação Central, prédio de uma arquitetura muito bonita e que tem à sua frente um visual muito bacana, sem contar que é dali que a maioria dos roteiros turísticos começam, sejam eles a pé ou utilizando o tram, que tem muitas de suas paradas bem em frente a estação.
Prédio da Estação Central de Amsterdam
Amsterdam Central Station
Se escolher caminhar, pegue a efervescente rua Damrak bem em frente a estação e vá caminhando uns 500 metros até a Praçaa Dam, provavelmente a praça mais conhecida da cidade e essência histórica de Amsterdam, nela está a Catedral Nieuwe Kerk, o Palácio Koninklijk, o prédio onde funciona o Madame Tussauds da cidade e bem em frente à praça o National Monument. Sem contar que boa parte dos principais passeios e início para se conhecer a cidade tem seu ponto de partida na referida praça, ou seja, prepare-se para muita gente, eventos acontecendo o tempo todo e uma atmosfera bem legal que te trará mesmo o clima da Holanda. Na parte de trás da praça, nas duas ruas adjacentes funciona uma espécie de supermercado com ambulantes vendendo todo o tipo de coisa, muitos souvenires inclusive, assim como na própria rua Damrak você encontrará diversas lojas para garantir os presentinhos da família.   
Palácio Koninklijk em Amsterdam
Madame Tussauds na Praça Dam
National Monument em frente à praça
Parte posterior da Praça Dam
Seguindo mais algumas ruas paralelas à Praça Dam e passando por vários canais, aliás um passeio sem compromisso por Amsterdam só para apreciar os inúmeros canais e pontes da cidade já montam o roteiro de um dia inteiro de muita coisa bonita para fazer. Nessa área fica a Casa de Anne Frank, lugar onde a menina viveu escondida durante a ocupação nazista e escreveu seu famoso diário, passagem mais que obrigatória, mesmo que só para apreciar por fora, visto que a região é muito bonita, foi o que aconteceu comigo, além do pouco tempo de visita, ainda encontrei uma fila gigantesca de apreciadores esperando para entrar.

Os canais de Amsterdam
Os canais de Amsterdam
Casa de Anne Frank
Arredores do Museu Anne Frank
Arredores do Museu Anne Frank
Utilizando-se a mesma orientação geográfica, porém no sentido oposto, lateral da Praça Dam, você chegará ao famoso Red Light District, famoso por ser uma região mais “despudorada” da cidade, onde as garotas de programas ficam expostas em vitrines e na frente fica uma cortina e o programa é feito ali mesmo, basta fechar a cortina e pronto. Para muitos, parece ser uma atração bem esdrúxula mas é um local bem famoso da cidade e na minha opinião vale a pena ser visitado, além disso por lá ficam o Museu erótico e o Museu da prostituição, que para aqueles que possuem um pouco mais de tempo e são mais interessados no assunto vale a pena a visita. Tome cuidado com as fotografias por lá, visto que muitas pessoas ficam observando para que não sejam feitas fotografias, principalmente das garotas de programas nas vitrines.
Região do Red Light District
Região do Red Light District
Voltando a rua Damrak, passando a Praça Dam, a rua vai passar a ser chamada de Rokin, caminhando por ela por mais umas 8 pequenas quardas e virando a direita você chegará a uma praça cahamada de Spui, singela e com uma portinha mais singela ainda que vai te dar acesso ao Jardim das Beguínas (Beginjnhof), trata-se de um conjunto de casas construído há mais de 600 anos para servir de moradia para as Beguinas, uma espécie de irmandade feminina católica laica, formada por viúvas e solteiras que se dedicam ao trabalho de caridade junto aos pobres e doentes, sem que para isso precisassem fazer votos religiosos. Ao abrir a porta e atravessar um pequeno corredor você estará no coração de Amsterdam mas vai ter a sensação de ter sido mandado ao passado, a visita é muito válida, e muitos acabam não conseguindo encontrar o local certo por acharem que estarão invadindo a casa de alguém em virtude de abrir a porta para ter acesso ao jardim, chega a ser engraçado ver muitas pessoas paradas na frente da porta com receio de abrí-la.
Praça Spui em Amsterdã
Porta de acesso ao Jardim das Beguínas
Jardim das Beguínas
Jardim das Beguínas
 Um pouco mais afastado do centro da cidade fica o Vondelpark que concentra uma aglomerado muito grande de pessoas que por ali passeiam com seus cães, andam de bicicleta, agrupam-se para fazer um picnic ou simplesmente matar o tempo. O parque ficou ainda mais famoso depois que foi citado no famoso livro/filme “A culpa é das estrelas”. Bem pertinho dalí fica uma das áreas mais procuradas pelos turistas visto que lá se encontra o letreiro “I Amsterdam”, lugar das mais diversificadas poses para fotografias, prepare-se para uma multidão e para assistir inusitadas situações de pessoa querendo a foto mais ímpar possível.
Vondelpark em Amsterdam
Região do letreiro I Amsterdam
"I Amsterdam"
Em frente ao letreiro fica um outro parque de Amsterdam chamado de Museumplein, famoso por abrigar o Museu Van Gogh que conta um pouquinho de todas as fases do artista que produziu por volta de setenta telas nos seus últimos setenta dias de vida em um surto criativo, passado esse período ele atiraria em si próprio e ficaria agonizando por dois dias antes de morrer. No lado oposto, atrás do letreiro fica outro museu famoso, o Rijksmuseum, que guarda a maior coleção de arte do país incluindo obras de Rembrandt, considerado um dos maiores nomes da história da arte europeia e o mais importante da história holandesa, o prédio desse museu parece um castelo e por si só já é uma atração “must see”.
Parque Museumplein 
Prédio do Museu Rijksmuseum
Parque Museumplein
Se você é do tipo que gosta de feiras e mercados populares, não deixe de ir ao Albert Cuyp Market na rua de mesmo nome e que fica há algumas quadras para a direita dos museus citados no parágrafo acima, são dezenas de barraquinhas e lojas que vendem de tudo que você possa imaginar, bom para apreciar os costumes locais e comprar algumas lembrancinhas da viagem.
Albert Cuyp Market
Albert Cuyp Market
Para finalizar, bem perto da estação central à esquerda fica a Biblioteca Pública de Amsterdam (Openbare Bibliotheek Amsterdam, ou OBA), bem em frente ao restaurante flutuante chinês, de lá você consegue ter uma vista bem legal da cidade, faça um tour pela biblioteca, que tem um acervo maravilhoso e suba até o sétimo andar (último) onde funciona o restaurante La Place, aproveite a vista, mesmo se não for fazer refeição alguma, eles não se importam com os turistas que vão até lá somente para apreciar  e fotografar a cidade.
Entrada da Biblioteca Pública de Amsterdam
Restaurante flutuante chinês logo abaixo
Vista da cidade do alto da Biblioteca

Bem perto da biblioteca, construído sobre as fundações do túnel subaquático IJ fica o Museu de Ciências Naturais (NEMO), que tem seu edifício em formato de navio, inaugurado 1997 e projetado por Renzo Piano. A região em torno do mesmo já chama a atenção, a vista da entrada do prédio também, visto que da pra ver vários canais de Amsterdam do alto, além disso, a coleção que fica no museu chama muito a atenção de crianças, adolescentes e adultos que gostam de ciência e tecnologia, vale muito a pena a visita, mesmo que somente para conhecer por fora.
Museu de Ciências Naturais (NEMO)
Museu de Ciências visto do alto da Biblioteca Pública
Museu de Ciências em formato de um navio
          Até o próximo post!! Desembarcando em mais uma cidade holandesa, dessa vez a modernidade de Roterdam. 

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