domingo, 30 de outubro de 2016

Chianga Mai, aventuras no norte da Tailândia - parte II

Cheguei em Chiang Mai de ônibus partindo de Chiang Rai, o trajeto levou umas três horas e custou somente 160 bahts. O hotel (veja avaliação neste post) escolhido ficava bem na região central, dentro da parte murada da antiga cidade, onde estão a maioria dos templos e bem perto de tudo. A cidade de Chiang Mai, apesar de maior do que Rai, ainda conserva muitas de suas características, como trânsito tranquilo, calma, cheia de turistas, mais liberal, mais barata e de uma culinária incrível, por certo, uma cidade que muitos escolheriam para morar na Tailândia.
Templo em Chiang Mai
Pelas ruas de Chiang Mai
Um dos principais atrativos da cidade é a sua proximidade com a aldeia das “mulheres girafas” (tribo Padong) para onde partem tours diários com outras atrações agregadas, como já imaginávamos que era algo que não agradaria muito, decidimos fazer por conta e alugar um táxi para nos levar até lá, pagamos 500 bahts no carro para duas pessoas e mais 500 bahts cada um pela entrada no local. Nem bem entramos no Baan Tong Luang e já queríamos sair, de fato, o local é bem triste, mas como desconheço os reais motivos por aquelas pessoas estarem de fato alí, vivendo daquela forma, decidimos contribuir com o que podíamos: a visita e a compra de alguns souvenires, principalmente das mulheres que usam aqueles pesados colares, motivos pelos quais foram apelidadas de “mulheres pescoçudas”, visto que existem outras tribos no local também, todas elas produzindo artesanatos para vender aos turistas. Trata-se de uma experiência linda e ao mesmo tempo chocante, não é incomum pessoas começarem a chorar bastante ao adentrar no local e se dar conta da realidade dessas pessoas.
Entrada da aldeia de Baan Tong Luang
Aldeia de Baan Tong Luang
Aldeia de Baan Tong Luang
Deixei a visita dos elefantes também para fazer em Chiang Mai, visto que uma amiga me indicou uma empresa que não era adepta de maus cuidados aos animais, assim como não permitia o passeio sobre seu dorso. Como o hostel que estava também negociava esse tour, nem me dei ao trabalho de procurar em agências, que existem aos montes na cidade, conversei com o recepcionista e ele logo nos arranjou o passeio com a Dumbo Elephant Spa por 1.600 bahts para metade do dia com almoço incluído.
Dumbo Elephant Spa
Dumbo Elephant Spa
Dia seguinte, por volta das sete da manhã a van passou no hotel para nos apanhar, junto conosco um casal de suíços encarou as duas horas de trecho até lá. A programação do tour era a seguinte: primeiro, contato com os elefantes, eram 3 grandes e um filhote (super atentado, rsrs. Até me deu uma cabeçada), logo em seguida dar comida para eles (banana) e nesse momento tirar fotos. Os criadores ficavam sempre por perto caso algo acontecesse e conduziram os elefantes para fazerem um monte de brincadeiras conosco, nesse momento já éramos uns dez, visto que duas americanas e uns argentinos chegaram no local. Depois de alguns minutos os elefantes foram levados para um rio para que pudéssemos dar banho neles, talvez uma das partes mais divertidas do passeio, apesar do frio danado que fazia naquele dia.
Dumbo Elephant Spa
Dumbo Elephant Spa
Dumbo Elephant Spa
Dumbo Elephant Spa
Dumbo Elephant Spa
Após o banho os elefantes ficam se secando ao sol enquanto podemos ficar próximo deles, alguns minutos depois o almoço foi servido e para quem contratou somente metade do dia o tour termina, para os demais, que optaram pelo full day, o passeio segue com um trekking e rafting.
Dumbo Elephant Spa
Dumbo Elephant Spa
Dumbo Elephant Spa
Almoço no Dumbo Elephant Spa
Diferentemente de Bangkok, os templos de Chinag Mai são bem menos vazios e a maioria deles gratuito, como se não bastasse, quase todos ficam na região murada da cidade, o centro nervoso de tudo e onde provavelmente você estará hospedado. Diante disso, separe uma parte do seu roteiro para caminhar pela cidade que tem uma atmosfera fantástica, apesar do sol e calor forte e conhecer os mais diversos templos, um mais bonito que o outro, arquitetura milenar e com muito bom gosto em seus adornos.
Templo em Chiang Mai
Templo em Chiang Mai
Interior do templo em Chiang Mai
Interior do templo em Chiang Mai
Outras duas famosas atrações de Chiang Mai são o seu imenso zoológico e o Tiger Kingdom, ambos um pouco polêmicos, visto que existem inúmeros relatos de que muitos dos animais desse zoo são maltratados e tudo mais, já os tigres do Kingdom são dopados para que os turistas possam se aproximar deles e posar para fotos. Enfim, nem por ser tão politicamente correto assim, acabei não indo a nenhum dos dois locais.

Quando a noite cai em Chinag Mai não existe lugar melhor para ir do que a Loi Kroh Road, onde fica o Night Bazaar, esse sim, um gigantesco, demorei cerca de duas horas só para percorrer a rua e suas interseções que compõem o mesmo, junto de uma verdadeira multidão. A experiência é fantástica eu estive lá em todas as noites que passei na cidade, fosse para comer as comidinhas deliciosas e baratas que vendem nas inúmeras barraquinhas, ou para fazer uma thai massagem em plena feira, ainda com direito a wifi rsrsrs.. Ou mesmo para comprar as lembrancinhas do pessoal de casa, para tal, comece a praticar a arte da negociação, fundamental pelo sudeste da Ásia.
Night Bazzar em Chiang Mai
Night Bazzar em Chiang Mai
Região dos templos em Chiang Mai
Região dos templos em Chiang Mai
  Até o próximo post!! Com muito mais da Tailândia... 

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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Chiang Rai, aventuras no norte da Tailândia

Cheguei em Chiang Rai em um voo da Air Asia partindo de Yangon no Myanmar, onde passei alguns dias pelas três cidades mais importante do país como relatei nestes posts aqui. Chegando à cidade pegamos um taxi até o hotel (veja avaliação neste post) que ficava bem próximo de tudo que iriamos precisar na cidade, a estação rodoviária, o Night Market e boas opções de restaurantes.
Chegando a Chiang Rai
Pelas ruas de Chiang Rai
É possível fazer um bate e volta para Chiang Rai, partindo de sua vizinha mais famosa, Chiang Mai, mas por uma questão de otimização no roteiro, resolvi descer em Rai e no dia seguinte ir de busão para Mai, em mais ou menos três horas você pode ir de uma cidade a outra, veja a disponibilidade dos horários de ônibus nesse site aqui.
Foi só o tempo de chegar e ir para a principal atração da cidade o Templo Wat Rong Khun, também conhecido como Elefante Branco. Da rodoviária central, pegamos um ônibus coletivo, que tinha uma senhora tailandesa como cobradora, achei bem legal, pagamos 20 bahts e ela simpaticamente nos mostrou o local para descermos, bem em frente ao templo. De longe já é possível avistar o local e perceber os motivos do seu “apelido”, a quantidade de visitantes é bem grande, muito em virtude de tours vindo de cidades vizinhas.
Pegando um coletivo da hora em Chiang Rai
Templo Wat Rong Khun no entardecer
O interessante desse templo é que ele não é um daqueles milenares, como quase a maioria do país, muito pelo contrário, ele começou a ser construído em 97 e seu término esta previsto para 2070, exatamente, o mesmo está em franca construção, mas aberto ao público há muito tempo. O branco que predomina o local simboliza a pureza de Buda e todo o resto remete a um grande apocalipse. Para entrar no templo é necessário fazer uma espécie de ritual de purificação, antes de chegar à ponte de acesso você passa por uma espécie de rio de mãos que representam o mal e as trevas, em seguida tem dois guerreiros em posição de ataque que impedem que o mal cruze a entrada do templo.
Templo Wat Rong Khun - guerreiros ao fundo antes da ponte
Templo Wat Rong Khun  - perdendo os males para entrar no templo
Templo Wat Rong Khun - rio de mãos (as trevas)
Na parte interna do templo, na região central tem uma estátua de cera de um monge meditando e contrastando com essa calma e sossego nas paredes só se vê pinturas atuais de personagens de ficção como o Super-Homem e o Neo de Matrix, assim como uma alusão ao ataque às torres gêmeas em Nova York, tudo fazendo referência ao Samsara, que significa o reino do renascimento e da ilusão. A visita é muito boa e vale a pena, sem contar que a entrada é gratuita e que nos arredores do templo tem muita coisa legal para ser vista, desde outros templos, até fontes dos desejos, árvores de pedidos e uma estátua de um super sentai no melhor estilo nipônico sentado em um dos bancos. 
Entrada do Templo Wat Rong Khun 
  Árvore dos desejos nos arredores do templo
Arredores do templo do "Elefante Branco"
Arredores do templo do "Elefante Branco"
O "Elefante Branco" visto da lateral
                        O robô super sentai do templo
Outra atração bacana da cidade é a visita ao Golden Triangle, onde fica o rio Mekong que liga três países (Tailândia, Laos e Myanmar), infelizmente a preguiça não me deixou ir até lá, sem contar que após a região norte da Tailândia eu iria para o Laos e poderia ver o Mekong bem de perto.
Durante a noite, na região central, próximo da rodoviária, as ruas de Chiang Rai se transformam num grande Night Market com inúmeras barraquinhas e produtos dos mais variados tipos e com preços bem convidativos, vale a pena uma passada, sem contar que muita comida de rua pode ser apreciada e experimentada nesse local, tudo muito bom.
Night Market em Chiang Rai
Se estiver passando pelo norte da Thai, não deixe de visitar Chiang Rai, mesmo que seja somente para conhecer esse templo bem bacana e mesmo que seja somente num bate-volta de Chiang Mai, gostei bastante dessa cidade, tudo num ritmo bem tranquilo, muito diferente da correria desenfreada de Bangkok.
Templo Wat Rong Khun visto de fora
Nos arredores do templo Wat Rong Khun
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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Ayutthaya, o antigo Reino de Sião

Ayutthaya é uma cidade tailandesa tida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e que fica há 80 quilômetros de Bangkok. Outrora a cidade teve sua importância atrelada ao fato de ser capital do antigo Reino de Sião, até ser destruída pelo exército birmanês no meado do século XVIII, hoje suas ruínas fazem parte da Cidade Histórica de Ayutthaya, fato que atrai milhares de turistas todos os dias partindo da capital tailandesa em busca de apreciar o que restou deste antigo império.
Ruínas de Ayutthaya
Partindo de Bangkok é muito fácil chegar até lá, você pode ir de trem, numa viagem de quase duas horas em um vagão que estará quase sempre lotado e correndo riscos do transporte atrasar muito. Pode também contratar um tour com uma das muitas agências da capital, ou até mesmo, ir à estação rodoviária e lá pegar uma van que te deixa em Ayutthaya com um pouco mais de uma hora e podendo explorar a cidade por conta própria. Fiquei com a última opção e paguei cerca de 60 bahts em cada trecho, a ideia era fazer um bate e volta, ficando somente durante o dia por lá, muitas pessoas decidem dormir pelo menos uma noite, mas como o roteiro era apertado.
Pelas ruas de Ayutthaya
Assim que você chega um monte de motoristas de tuk tuk vão te oferecer os passeios nos mais variados preços, o ideal é recusar todos eles e ir por sua conta, uma boa alternativa é alugar uma bike, pois as distâncias são longas, mas se curte uma caminhada, boa viagem. Eu sou fã de andar a pé mesmo, sendo assim, no fim do dia estava morto, em plena véspera de réveillon, mas com boa parte do território das ruínas de Ayutthaya percorrido.
Phra Ram Park em Ayutthaya
Procure o tourist information assim que você chegar e obtenha um mapa, se for alugar uma bike ou moto o pessoal já te dá um, nós conseguimos na rua com um simpático casal de franceses que estava terminando seu tour. O local onde as vans param já é bem perto do Phra Ram Park, região onde estão a maioria dos templos e ruínas da cidade. É por ali também que fica uma das principais atrações o Wat Maha That, onde a cabeça da estátua de Buda cresceu entre as árvores, as explicações para tal inusitada aparição são muitas, desde o misticismo dos budistas e da relação íntima de Buda com a natureza até a mais plausível de todas que leva a crer que essa cabeça foi deixada no solo, visto que os birmaneses deceparam todas as estátuas de Buda durante sua invasão, no intuito de demonstrar seu poderio, e como a cidade ficou desocupada por muito tempo, a árvore cresceu e elevou a cabeça da estátua que estava no solo. Difícil dizer o que de fato aconteceu, mas a fila para as fotos se estende por alguns metros frente a essa árvore.
Ruínas de Ayutthaya em Phra Ram Park 
Phra Ram Park

Wat Mata That - cabeça de Buda nas árvores
Wat Mata That
            O restante do complexo é bem grande e numa área de parque muito agradável, o sol é forte nessa época do ano, mas com calma da pra visitar bastante coisa. Tudo são ruínas, templos, Budas com as cabeças decepadas, ou seja, mais do mesmo, por outro lado, em cada local um detalhe chama a atenção, além do que os adornos de alguns templos chamam muito a atenção.
O outro lado das Ruínas em Phra Ram Park 
Ruínas de Ayutthaya - Budas com as cabeças decepadas ao fundo
Um dos templos de Phra Ram Park em Ayutthaya
            Um local que gostei bastante foi o Wat Lokayasutharam onde fica o Buda Reclinado, tinha a maior vontade de ir até lá, e mesmo longe, fui ver de perto, tenho essa imagem na minha cabeça desde que era criança pois nos jogos de vídeo game do Street Fighter II era o local onde o Sagat costumava lutar. Já viu né, criança é criança rsrs. Valeu muito a pena, não é o templo e nem a estátua mais bonita, mas a quantidade de pessoas visitando e posando para as fotos é bem grande. O fato do Buda estar deitado representa a passagem final para o nirvana, que é o estado vazio mental desejado pelos budistas.
Wat Lokayasutharam - Buda Reclinado
Criança é criança - poses no Buda Reclinado

            Se for à Tailândia, mais especificamente à Bangkok e tiver um tempinho, não deixe de ir a Ayutthaya e poder se sentir parte da história desse pedacinho do mundo. A experiência é fantástica, poder se misturar aos locais é a certeza de que está absorvendo parte de uma nova cultura.
Pelas ruínas de Ayutthaya
Wat Lokayasutharam - Buda Reclinado
               Até o próximo post!! Com muito mais da Tailândia... 

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