sábado, 23 de agosto de 2014

O melhor de Ushuaia: Parque Tierra del Fuego e Le Martial Glaciar

Talvez seja um certo exagero restringir a melhor parte de Ushuaia a essas duas atrações, sem dúvida ambas são imperdíveis, mas muitas outras na cidade podem entrar nessa lista também, acho até que todas elas merecem esse título. 
O Glacial Le Martial é incrível, como estava hospedado em um hostel próximo ao ponto de subida, foi bem fácil ter acesso, outra parte bem bacana dessa atração é que ela é gratuita, você só precisa chegar até lá, preferi contratar um transfer de van (80 pesos argentino - ida e volta), mas vi muitas pessoas subindo a pé, confesso que se tivesse um pouco mais de tempo em Ushuaia faria o mesmo, não tanto pela economia do dinheiro, mas sim pelo prazer de aproveitar mais a cidade e apreciar a vista na subida. 
Ushuaia bem lá embaixo.
No início pensei que não iria aguentar a subida por ser bem íngreme no começo, foram quase mil metros para cima e o trajeto terminado em pouco menos de duas horas, sem dúvida alguma o visual compensa o esforço, a vista de Ushuaia de cima do glaciar é fantástica, vontade de ficar contemplando por um longo tempo. Um detalhe nessa atração é que parte do trajeto pode ser feita com um pequeno teleférico (aerosilla), algumas pessoas fazem uma avaliação bem interessante sobre esse meio de subida, dizendo que a vista é ainda mais bonita, outros, no entanto, dizem ser dispensável, como estive no glaciar mais tarde acabei não utilizando a aerosilla, sendo assim não posso dar um depoimento fiel da mesma.

Na subida...
Local onde se pega a aerosilla
Ainda na subida...
Nas descida o esforço foi bem menor e o tempo gasto também, sem contar que se desce com uma vista muito bonita, a cidade vai ficando mais perto a cada passo, sensação muito boa, o contato com a natureza de forma plena. Como era verão o glaciar não tinha muito gelo e neve, imagino que a subida no inverno deve ser bem complicada de se fazer, mas vale a pena conferir pois o cenário deve ser completamente diferente.
 
Quase no topo.
Vista lá de cima.
Pelo fator comodidade, agendei a ida para o Parque Nacional Tierra del Fuego também pelo hostel onde estava, como os preços variam muito pouco de uma agência para a outra, vale muito a pena adquirir alguns produtos no seu próprio hostel, se ganha muito tempo e uma assistência muito grande. Na entrada do parque se paga o ticket (100 pesos argentinos) e é possível pegar os mapas do local, acredite, você vai precisar deles se quiser aproveitar cada pedaço desse lugar incrível.  

Entrada do parque
Estação do trem do fim do mundo
Já dentro do parque você tem a opção de fazer uma parte do trajeto no trem do fim do mundo, cerca de setes quilômetro apenas, como já havia lido em relatos que não era tão interessante assim optei em não fazer e partir diretamente para a Baía Ensenada, de onde começaria a trilha, escolhi este lugar também porque é lá que está o simbólico carteiro do fim do mundo, paguei 10 pesos e tive o carimbo dele no meu passaporte.

Carteiro do fim do mundo
Baía Ensenada - começo da trilha
Na sequência fiz o trajeto de 8km pela Senda Costera até o centro de visitantes Alakush, foi um trekking muito agradável, apesar de longa a trilha não era muito puxada e a paisagem exuberante, muitas paradas para apreciar a beleza do local. A sinalização de todas as trilhas no parque é muito bem feita e a todo instante você encontra outras pessoas nos senderos o que te passa uma sensação de segurança total.

Baía Ensenada
Senda Costera
Na trilha...
Centro de visitantes Alakush
Acabei não fazendo outras trilhas caminhando, até porque os pés já estavam bem detonados da subida no Le Martial, mesmo assim acabei conhecendo os outros pontos, isso porque o transfer volta para te pegar em horários e locais definidos, como já havia passado pelo ponto nº 1, resolvi caminhar beirando o lago e esperar no ponto nº 2, de lá o transfer passa nos demais pontos para pegar outras pessoas, sendo assim, consegui descer nos demais e conhecer um pouco mais do parque uma vez que a van espera cerca de 10 minutos em cada ponto, até que fique no horário correto de saída que é previamente agendado por eles e passado em um cartãozinho para você na entrada do parque, tudo muito organizado. Se não estou enganado o último transfer volta às 19:00, o que sobra tempo para conhecer muito do parque e se aventurar em todas as trilhas, sem contar que muita gente acampa no local e o transfer de volta pode ser pego no dia que você quiser.   

Baía Lapataia - lindo demais.
Parada rápida nos outros pontos - Baía Lapataia.
Como um amigo sempre diz, não se deve conhecer tudo de um lugar quando se vai pela primeira vez, a sensação do: "deveria ter ido", "deveria ter feito", "porquê não fiquei mais dias?" é sem dúvida o que vai instigar o seu retorno.  
Fui muito bem recebido em Ushuaia, todas as pessoas esbanjam simpatia e vontade de te ajudar, seja como for. Se muitas vezes aos nossos olhos "os hermanos" não nos parecem gentis e hospitaleiros, posso dizer que, pelo menos os do sul da Argentina, com certeza são o oposto disso, o que faz dessa região uma das mais visitadas do planeta.
Em breve novas aventuras!
Dúvidas, sugestões, correções, etc é só escrever nos comentários. 
Aleh. 

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