terça-feira, 26 de agosto de 2014

El Chaltén - capital argentina do trekking

Chegar a El chaltén partindo de Calafate é bem simples, a frequência de ônibus é muito boa, em menos de três horas apreciando uma linda paisagem  é possível se chegar. Antes mesmo de entrar na cidade o ônibus para no centro de visitantes e todos descem para receber instruções da cidade e das trilhas, a propósito, todas as trilhas são muito bem marcada e sinalizadas, a maioria delas começa dentro da cidade e não paga absolutamente nada para fazê-las. Depois das informações o ônibus segue e para na rodoviária, a cidade é muito pequena, mas é bem estruturada, ao lado da rodoviária está o centro de visitantes onde se pode obter todas as informações necessárias para alimentação e principalmente para estadia, no meu caso fiquei em um hostel chamado El Álamo que era pertinho da rodoviária. Hostel aparentemente novo, boa estruturado, café da manhã bom e funcionários muito gentis, após alguns minutos de conversa com o dono ele disse que já tinha visitado Porto Seguro.

Vista da ida a El Chaltén
Em Chaltén
Centro de visitantes
Como cheguei quase a noite na cidade não tinha como fazer trilhas muito grandes, apesar de saber que o sol só iria se pôr bem mais tarde voltei ao centro de visitantes e recebi indicação de 2 trilhas menores - mirador de Los Cóndores e Las Aquilas. Em quase 3 horas foi possível fazer o percurso, sem contar que parei muitas vezes para avistar o Fitz Roy, montanha mais famosa de Chaltén e cobiçado por todos os mochileiros que por ali passam, segundo os moradores o tempo nesse dia estava atípico, geralmente é muito difícil de se ver essa montanha de longe com tanta facilidade.

El Chaltén vista do Mirados Los Cóndores
O Fitz Roy ao fundo
Sol ainda brilhando às 21:00 - Fitz Roy ao fundo
O dia seguinte foi de muita caminhada, como já sabia que só iria retornar das trilhas próximo da hora de ir embora (18:00) fiz logo o check-out no hostel e deixei a mochila grande guardada lá mesmo. Sai bem cedo para aproveitar bastante do lugar, comecei a trilha pelo sendero ao Fitz Roy, mas o plano era ir somente até a laguna Capri, Madre e Hija e Poincenot, cortar um caminho e voltar pela trilha da laguna Torre, mas como o tempo era pouco já sabia que não seria possível ir até a Laguna Torre, no centro de visitantes você recebe um mapa e pode fazer seu próprio itinerário. 
 Iniciei o percurso por volta das 9:00, o começo é meio puxado, com muita subida, pouco tempo depois já estava na Laguna Capri e em seguida Poincenot. A partir daí, coloquei um pedaço que não estava no roteiro, fui até o mirador Piedras Blancas e nesse trajeto sopra um vento bem forte, talvez essa ideia não tenha sido muito boa, perdi cerca de uma hora entre ida e volta, o que fez com que precisasse acelerar no final para dar tempo de fazer tudo, no entanto a vista de Piedras Blancas é íncrivel. 
 
Iniciando o sendero ao Fitz Roy
Laguna Capri
Mirador Piedras Blancas

Desfazendo o caminho até Piedras Blancas segui em direção às lagunas Madre e Hija batizadas assim por estarem localizadas uma do lado da outra e por conta de uma ser grande (madre) e a outra bem menor (hija). Infelizmente neste dia o tempo estava fechado e não foi possível ver mais o Fitz Roy como anteriormente, a partir de então foi uma louca corrida contra o tempo, precisava chegar logo na interseção que voltando daria em Chaltén e seguindo em frente dava na Laguna Torre, como não tinha mais tempo para ir à Laguna Torre, tinha que voltar para Chaltén pois já passava das 14:00 e muita estrada pela frente.

Lagunas Madre e Híja
Laguna Híja
A Laguna Torre ficou para a próxima
Nesse dia o Fitz Roy não quis aparecer
Depois que fiz as contas, só nesse dia foram 8 horas seguidas de trekking e mais de 30 km, quando sentei no bus quase não sentia minhas pernas, o corpo todo doía e tinha algumas bolhas nos pés, tudo para ver mais de perto o Fitz Roy, claro que valeu a pena. Sugiro que se você for a Chaltén reserve duas noites para ficar lá, ou vá no primeiro bus da manhã e volte no último do dia seguinte, vai aproveitar ainda mais. Sem contar que muitos acampam dentro das trilhas do Fitz Roy, lá tem uma estrutura própria para isso, além de ser muito seguro, vi inúmeras pessoas acampando próximo a região de Poincenot.
Valeu pessoal! Dúvidas, sugestões, correções, etc é só escrever nos comentários.
Até a próxima!!!
Aleh.

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